Lá estava ela, de bruços na janela, olhando para o céu distante e pensando em algo importante. Amava vê-la daquele jeito. Seus olhos azuis se mostravam atentos e seus lábios, às vezes, demonstravam um pequeno sorriso, como se tudo fosse perfeito.
Quem dera se eu conseguisse dizer pra ela tudo que sentia e se eu mostrasse meu amor de forma diferente, carinhosa. Porém, eu havia me cansado, cansado de esperar um milagre. Então, naquela noite, deixei uma carta e uma rosa branca — sua favorita.
Ela apareceu de novo na janela. A diferença era que estava mais bela e não sabia de quem era a carta. Olhou para todos os lugares e deu um sorriso, foi aí que parei de me esconder e decidi vê-la de perto.
Sem palavra alguma. ela me olhou e viu seu melhor amigo desde a infância, ou seja, eu. Eu tinha certeza que ela já havia reconhecido minha letra.
— Foi sempre assim? — ela sussurrou.
— Sempre, mas nunca havia parado para pensar.
Bem, o resto vocês já sabem.
O amor é assim, se é verdadeiro é maravilhoso.
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